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O Livro dos Pais

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“Ter filhos e acompanhá-los ao longo da sua vida é uma experiência maravilhosa. Poucas coisas serão tão gratificantes como observar o crescimento e desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional de uma criança que partilha connosco a sua vida. Mas nem sempre é fácil ter a nosso cargo uma criança. Intercalados com momentos tão bem passados, sempre existem outros de alguma tensão ou sofrimento.

São as preocupações com a alimentação, o crescimento, o desenvolvimento ou a educação. É a apreensão quando surge alguma doença, por vezes mais leve outras vezes mais grave. É a necessidade de prevenir alguns eventos, sejam doenças ou acidentes.

Ao longo dos últimos anos, (…) apercebi-me que, não querendo ser Pediatras dos seus filhos, muitos gostavam de saber um pouco mais sobre aspectos da saúde e da doença das suas crianças. E constatei também que as suas dúvidas recaíam geralmente sobre os mesmos temas, que consideravam como os mais importantes. Foram esses temas que escolhi para este livro.”

(Paulo Oom é Pediatra)

Esta é mais uma publicação recente (2008), onde são abordadas questões que vão do recém-nascido ao adolescente, recaindo sobre a saúde física, prevenção de acidentes, escola, desenvolvimento e comportamento, entre outros. É um livro escrito em linguagem simples, evitando explicações elaboradas e termos médicos complicados. Porque os bebés/ crianças/ jovens/ adolescentes não nascem com “manual de instruções”; por isso, a “arte” de educar é uma das coisas mais desafiadoras e difíceis mas também, na maior parte das vezes, mais compensadora. E, se os Pediatras podem tratar, esclarecer e orientar variadíssimos aspectos da vida das crianças e dos jovens, é fora dos consultórios médicos que muitas coisas se passam. Sem deixar de ouvir a opinião dos profissionais de saúde (imprescíndivel em muitos casos!), os pais podem, (na minha opinião) lendo o que está escrito nestas páginas, retirar conselhos práticos para a “jornada” diária.

Abril 11, 2009 at 11:32 pm Deixe um comentário

“Velhas” e “Novas” Vacinas

vacinas

A ilustração acima serve para lembrar que, antes de pensarmos nas “novas” vacinas, devemos fazer com que as nossas crianças cumpram o Calendário Nacional de Vacinação, que, curiosamente, é um dos melhores da Europa. Isto é, na ânsia de procurar as novidades, a alguns esquecerá que o mais importante, em termos de vacinação, está contemplado no Plano Nacional, que é gratuito.

De qualquer forma, hoje em dia não é sequer ético não mencionar aos pais ou prestadores de cuidados, a existência de outras vacinas, que devem ser prescritas/administradas conscientemente, tendo em conta factores tão variados que vão da idade da criança até ao preço versus a eficácia da vacina em questão.

Assim sendo, falemos um pouco das “novas vacinas”, ie, aquelas que têm de ser adquiridas na farmácia, muitas delas não comparticipadas pelo estado e que podem chegar perto da centena de euros por dose.

VACINA CONTRA O PNEUMOCOCO (PREVENAR)

(Administração aos 2,4,6 meses com reforço aos 18 meses)

A polémica tem acontecido, trazida por questões que me parecem predominantemente economicistas, na tentativa de diminuir o valor/interesse desta vacina que protege contra 7 serótipos de pneumococos. Se é certo que tem diminuído a incidência de casos graves de doença provocada por pneumococo, certo é, também, que tal se deve à vacinação. Se fizermos uma comparação, os pediatras já não vêem casos de sarampo há alguns anos; porquê? Porque a vacinação tem sido eficaz. Resumindo: se há menos casos de doença pneumocócica (meningite, sépsis, otite, pneumonia), é porque a vacina está a fazer bom trabalho! Urge continuar a vacinar as nossas crianças com Prevenar! E o governo que reflita da necessidade de introduzir a vacina no PNV!

VACINA CONTRA A HEPATITE A

(Esquema de 2 doses, separadas por 6 a 12 meses)

 Não tem indicação universal. Mas, como costumo dizer, a Hepatite A é uma forma de Hepatite, portanto, potencialmente perigosa.

Sendo a transmissão da doença fecal-oral, se não houver outros factores de risco, devem vacinar-se todas as crianças por volta dos 2 a 2,5 anos de idade, altura de início de controle de esfíncteres e, portanto, de aumento do risco de infecção por cuidados de higiene menores inerentes às crianças pequenas ávidas de autonomia. 

VACINA DA GRIPE

Da vacinação da gripe, é sempre importante falar “ano a ano”. As indicações, em termos de saúde pública, por vezes mudam, dependendo do tipo de surto esperado para o ano em causa.

De referir apenas que as crianças, por si só, não são grupo de risco, portanto não têm indicação específica para serem vacinadas (excepto os casos de doenças crónicas, etc, casos específicos a definir pelo Pediatra). É verdade que todos gostamos de ver os nossos filhos protegidos! Mas o que talvez muitos não sabem é que, de acordo com as estirpes de vírus isoladas para o ano em curso, cada país tem, de acordo com a OMS uma “quota” de nº total de vacinas para essa época. Isto é, se as vacinas da gripe esgotarem porque se foram prescrevendo a grupos de baixo risco, pode ser que alguém que muito precisa de ser vacinado fique sem o ser… Isto, para além de uma questão de saúde pública, é também uma questão de consciência. 

 E já agora : lembrar que o pico da gripe vai de Dezembro a Março… por isso, a “histeria” da procura da vacina em Setembro não se justifica 🙂

VACINA CONTRA O ROTAVÍRUS

(2 ou 3 doses, dependendo do laboratório, sendo a primeira administrada obrigatoriamente até às 12 semanas)

 Alguma controvérsia acerca desta vacina tem muito a ver com o timming de aplicação. Realmente verificou-se um aumento da taxa de Invaginação Intestinal (problema intestinal grave) nas crianças vacinadas após as 12 semanas de idade, daí o limite.

É uma vacina de vírus vivos atenuados, com um número e tipo de serótipos que ainda aguarda averiguação de prevalência em Portugal.

Recomendação: caso a caso. 

VACINA DA VARICELA

 (Dose única; 2 doses?)

A vacina da varicela é outra que “põe os cabelos em pé” aos especialistas em saúde pública quando confrontados com as prescrições dos pediatras.

A vacina é eficaz. Mas como a vacinação não é universal (não está no Plano), o efeito mais imediato é o de atrasar a média de idades em que a doença naturalmente se apanha. De forma simplificada: se o meu filho anda no infantário onde um quarto das crianças estão vacinadas contra a varicela, ele vai ter menos um quarto de probabilidades de ter a doença; assim sendo, te-la-á, talvez na escola primária. Se na primária acontecer o mesmo, talvez só apanhe na adolescência… E nós sabemos que, quanto mais tarde se apanha a “varicela selvagem”, mais complicada ela é, mais forte e difícil de ultrapassar se torna. Por isso a Direcção Geral de Saúde não recomenda a vacinação contra a varicela, até que a vacina seja incluída no PNV. Eu pergunto: e isso será quando?  Se pudermos vacinar, vamos deixar as nossas crianças à espera??

Nota: a Vacina da Varicela é eficaz em caso de contacto com a doença, se administrada nas primeiras 72h após este contacto.

VACINA CONTRA O PAPILOMA VÍRUS HUMANO

(3 doses)

Falo desta vacina pela importância que tem/terá a longo prazo, pois ela já começou a ser introduzida no PNV. Em 2008 foram vacinadas as raparigas nascidas em 1995. E o esquema proguedirá, para a frente e para trás nos anos, por forma a abranger todas as meninas pré-adolescentes num espaço relativamente curto de tempo.

De atentar que esta é uma vacina contra uma doença sexualmente transmissível, por isso o risco de contrair a doença é dos/das jovens sexualmente activas. Penso que o nosso papel passa também por aqui, explicando-lhes que, se existe risco e existe vacina, devem tentar “esperar” até serem vacinadas… (uma técnica de abordagem de adolescente pouco ortodoxa mas… e espero que entendam… em certas circunstâncias, tudo é válido!)

 vacinas2ALGUMAS SUGESTÕES PARA O MOMENTO DA VACINAÇÃO

Aqui vão alguns conselhos para o/a acalmar e ajudar a acalmar o seu filho ou filha durante a vacinação:

* Mantenha-se calmo/a. Tente manter-se descontraído/a e calmo/a enquanto estiver na sala de espera, pois as crianças conseguem sentir quando o pai ou a mãe estão preocupados. Se estiver, de facto, um pouco nervoso/a, respire fundo algumas vezes.

* Distraia a sua criança. É boa ideia levar consigo um brinquedo ou livro de histórias para o Centro de Saúde ou Consultório. Enquanto o Enfermeiro ou Médico estiver a administrar-lhe a vacina, cante baixinho ou leia-lhe com voz suave e reconfortante. Caso não tenha livro ou brinquedo, conte-lhe uma história, faça caretas, brinque com qualquer coisa que faça sorrir.

* Mantenha-se perto. Peça para segurar a sua criança ao colo ou fazer-lhe festas nas costas durante a vacinação. O toque meigo e familiar pode fazer milagres!

* Não tenha pressa. Se a sua criança estiver irritada depois de tomar a vacina, deixe-a acalmar-se durante alguns minutos, antes de sair do Centro de Saúde ou Consultório. Desta forma, a probabilidade de ter receio de voltar, diminuirá. 

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Fevereiro 8, 2009 at 4:31 pm 2 comentários

Manual para pais de primeira viagem (e seguintes…)

manual-para-pais-de-primeira-viagem1

” O Manual para Pais de Primeira Viagem (e Seguintes…) é um livro baseado na experiência pessoal do autor, que pretende, duma forma prática e simples, esclarecer as principais dúvidas dos pais e aliviar alguma ansiedade que possam ter no dia a dia. Os conselhos que são dados deverão apenas servir de referência, não substituindo as indicações dos médicos assistentes. No entanto a sua mensagem mais importante, diz respeito à sensibilidade e bom senso dos pais, que deve ser sempre a primeira forma de lidar com os problemas dos filhos, sendo na maioria dos casos suficiente para os resolver.”

Ele não pára de chorar, que devo fazer?

Como reconhecer os códigos de choro?

Como se deve deitar o bebé?

Como devem ser as mamadas?

Será que o meu bebé aumentou bem de peso?

Percentis. O que são?

Até quando devo amamentar o meu bebé?

Porque é que o meu bebé tem soluços?

(excertos retirados da contra capa)

Estas são algumas questões que o Dr Luis Pinheiro, Médico Pediatra e Neonatologista do Hospital de Cascais, aborda nesta compilação de textos de fácil leitura.

Estou de acordo praticamente com tudo o que é dito no livro, tirando algumas questões mais baseadas na experiência pessoal (cada um tem a sua!).

Tentarei abordar, dentro do possível, alguns dos temas mencionados nas questões acima, dado que eles são universais na vivência Pediátrica com crianças pequenas. Entretanto, se puderem, comprem o livro e tenham-no à mão : pode ser um auxiliar precioso!

Janeiro 27, 2009 at 6:58 pm 1 comentário

Imaginação/Reflexão

A primeira vez que uma criança de 5 anos assistiu a este video, perguntou:

– Como é possível que as palavras se transformem em desenhos animados?

É preciso cultivar a imaginação dos nosso meninos e recordar, também, bons tempos de infância.

Boa semana!!

Janeiro 27, 2009 at 11:46 am 1 comentário


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